O conceito corresponde a uma actividade que utiliza os recursos do solo, da água e da atmosfera para a produção de alimentos e de matérias-primas necessárias à actividade humana. Segundo a maioria dos historiadores (eg. Eugénio de Castro Caldas, 1998, A Agricultura na História de Portugal, EPN) a agricultura terá tido o seu início por volta do período neolítico, quando o Homem deixa de procurar a sua subsistência na recolha de frutos silvestres e na caça, para se sedentarizar na produção de plantas e na domesticação de animais.
Na Europa e, especialmente em Portugal, a evolução da agricultura ficou marcada tecnologicamente pela irrigação introduzida pelos árabes a partir do século VIII e pelas ordens religiosas, que deram continuidade ao processo de modernização das técnicas do cultivo, da selecção de sementes e da transformação das matérias primas em bens derivados ou bebidas.
Em tempos mais recentes, a evolução tecnológica da agricultura ficou marcada pela mecanização iniciada após a Revolução Industrial, pelo progresso das indústrias agro-alimentares, químicas (fertilizantes derivados do petróleo) e farmacêuticas (produtos para a sanidade animal e vegetal) e pelos desenvolvimentos da biotecnologia, que vieram permitir a selecção de novos tipos de sementes, plantas e animais, com produtividades dificilmente imagináveis há menos de um século atrás.